sexta-feira, 5 de novembro de 2010

“Faço a minha parte”

Desde os 10 anos, a atriz Paloma Bernardi acompanha o trabalho do Recanto Nossa Senhora de Lourdes, entidade que atende crianças e jovens com deficiência intelectual na Vila Rosa, na Zona Norte de São Paulo

Na Lata

Aos 10 anos, muito antes de fazer sucesso como a jovem Mia, na novela Viver a Vida, a atriz Paloma Bernardi já mostrava suas habilidades para a carreira artística aos alunos do Recanto Nossa Senhora de Lourdes, que oferece atendimento educacional especializado a mais de 150 crianças e jovens de baixa renda com deficiência intelectual, na Vila Rosa, Zona Norte de São Paulo. “Eu me apresentava aqui quando era pequena, declamava poesias, dançava e interpretava textos nas festas beneficentes”, diz a atriz sobre suas primeiras visitas à instituição, ainda levada pela mãe, Dil Bernardi. Desde então, Paloma nunca deixou de levar carinho ou de acompanhar o progresso de cada um dos “colegas” que fez no local, fundado há 20 anos pelo padre Ângelo Moroni.

“Eles foram amadurecendo. Muitos aprenderam a falar e andar aqui. Agora, até namoram”, afirma a atriz. “Paloma é linda, sou apaixonado”, declara-se George, 21 anos, que tem síndrome de Down. O rapaz é conhecido como “Beijoqueiro”, tamanho o afeto que demonstra quando recebe a visita da atriz. “A maior parte deles vem de famílias muito pobres. Entretanto, mais do que comida ou educação, eles precisam de amor e carinho. Precisam sentir que não são discriminados”, diz Edgar Back, diretor-geral da entidade. Para tornar possível o atendimento de crianças e jovens da rede pública de ensino, a instituição conta com convênios com a Prefeitura de São Paulo e doações de todos os tipos para complementar o orçamento mensal e ajudar a manter bem cuidados os mais de 50 mil metros quadrados que abrigam a instituição.

Entre as atividades oferecidas, a equoterapia – terapia com o auxílio de cavalos – é o tratamento que gera melhores resultados para os deficientes. “Muitos deles, que sofrem de Down e outras síndromes, chegam aqui na cadeira de rodas e, com a equoterapia, começam a andar”, afirma Back. Nas salas, enquanto as crianças de 6 a 14 anos recebem acompanhamento pedagógico e reforço escolar, os jovens, de 15 a 25 anos, fazem cursos profissionalizantes, como marcenaria e reciclagem. “É muito gratificante quando eles são aceitos em empresas após o período que passam aqui. O nosso enfoque é preparar o adolescente para o trabalho, ajudando a desenvolver suas habilidades”, diz o diretor.

Divulgação
Na sala, Paloma recebe o carinho de George, jovem com síndrome de Down

Além do atendimento diário, o Recanto Nossa Senhora de Lourdes também realiza, em média, 50 atendimentos mensais de novos alunos, que procuram diagnóstico de especialistas, como neuropediatra, psicólogo e fonoaudiólogo, mas não têm condições de pagar pela consulta. “Muita gente pode ajudar a transformar a vida de cada um deles. Eu faço a minha parte e isso me faz uma pessoa mais feliz”, afirma Paloma. 

1 comentários:

Anônimo disse...

oiii...

Fabrizia, vc viuque bacana esse projeto!!! Esse recanto é repleto de luz,pureza e amor!! Essas crianças sao especiais nao só por suas deficiencias, mas tb pq tem corações de ouro!!

É maravilhoso visita-los... nós fazemos bem a eles e eles nos fazem melhor ainda!!

Que todos possam se sentir tocados e possam ajudar da melhor forma possivel!

OBRIGADA POR TUDO!

Beijos

Paloma

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